terça-feira, 8 de junho de 2010

CARNAL ART - ARTE NA CARNE VIVA

Orlan é uma performance artista que utiliza o seu próprio corpo e os procedimentos de cirurgia plástica para fazer "arte carnal". Ela está transformando seu rosto, mas o seu objectivo não é o de atingir um padrão de beleza comumente realizada. Orlan é o único artista trabalhando tão radicalmente com o seu próprio corpo, fazendo perguntas sobre o estado do corpo na sociedade.

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Pois segundo ela o corpo é o objeto da cultura, o que define o nosso modo de ser é a cultura, e que todas as culturas promovem modificações nos corpos de quem dela participa. Portanto modificar o corpo é legítimo de toda cultura e em todas as épocas. Existindo hoje uma pedagogia voltada para educaras pessoas a modificarem seus corpos, podemos encontrar em bancas de jornais, revistas, livros, em sites na internet, receitas de como mudar ou decorar o corpo, o importante é modificar.

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No entanto essa modificação pode ser uma mudança voltada para potencialização do corpo, ou seja, estev corpo após sua transformação tem seus limites aumentados, maximizados. Esta foi a primeira e única artista a utilizar as operações plásticas como performance, designando o seu trabalho como Carnal Art, um auto-retrato feito com o uso de tecnologias avançadas que lhe dão a possibilidade de ter o corpo “aberto” sem sofrimento e ver o seu interior. As suas ideias e conceitos artísticos encarnaram na carne o valor do corpo na sociedade ocidental e o seu futuro nas gerações vindouras face ao avanço tecnológico e às manipulações genéticas. O confronto entre esta fragilidade do corpo e o avanço tecnológico é a base de todo este trabalho, isto é, saber como eles se podem relacionar ou se o tecnológico acabará por prevalecer sobre o biológico.

Na continuação deste trabalho, pensa em operar o seu nariz, aumentando-o tanto quanto possível anatomicamente. O seu trabalho não desrespeita o seu corpo, pelo contrário denúncia a sua fragilidade e a decadência que mais tarde ou mais cedo todos acabamos por notar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

http://apor.files.wordpress.com/2007/10/kitsch-unidentified-gold-toilet.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9322h1g38Ixdv8Lm8dSXTqyZ2C6FW10WC9wPge552RnKMObMKHK2R65kEbkSGRW7MVNiVncshsEYd_fjng3UiyVBA08qGz0HsbPAP6Uz6AEI4We4d_g2CWPHkM1ZuuVfPvV7LQgNzyl1F/s400/0929_kitsch2.jpg





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Define à arte que é considerado como uma cópia inferior de um estilo existente. Também se utiliza o termo kitsch em um sentido mais livre para referir a qualquer arte que é pretencioso, passado de moda ou de muito mau gosto.

O kitsch é uma imitação estilística de formas de um passado histórico prestigioso ou de formas e produtos característicos da alta cultura moderna, já socialmente aceitados e esteticamente consumidos.


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O HOMEM NU , minha nova leitua

O Homem Nu, de FERNANDO SABINO livro que agora me proponho a apresentar. Trata-se de uma coletânea de contos, sendo o mais famoso aquele que empresta nome ao livro. Além deste destaco “Dona Custódia”, no qual um senhora dócil e simpática se utiliza do apartamento em que trabalha como diarista para reunir suas amigas para lanches e cafés vespertinos.

Ocorre que ela se faz passar por dona do imóvel, sempre, claro, às escondidas do verdadeiro proprietário. Numa bela tarde, é surpreendida com as amigas pelo rapaz limitando-se a dizer para as colegas que aquele era o menino que alugava o quarto dos fundos.


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Também vale a leitura o conto “Macacos me Mordam”, onde um cientista do interior de Minas Gerais solicitou a um outro colega, residente em Manaus, a remessa de “1 ou 2 macacos”. Porém, foi surpreendido com a resposta de seu amigo informando que a remessa dos primeiros 600 macacos já tinha sido feita e que estaria mandando os outros posteriormente. É que por um erro do telégrafo, ao invés de transmitir “1 ou 2 macacos” foi trasmitido “1002 macacos”. Era macaco para todo lado, na escola e no sino da igreja. Maior ainda foi a surpresa do cientista mineiro ao receber o segundo telegrama vindo de Manaus: “Seguiu resto encomenda”.

É um livro muito divertido. CONFIRAM!

CAMP: coisas q são o q ñ são

Camp é uma visão do mundo em termos de estilo – mas um estilo em particular. É a predileção pelo exagerado, por aquilo que está fora, de coisas que são o que não são.

O melhor exemplo está na Art Nouveau, o estilo camp mais típico e o mais plenamente desenvolvido. Os objetos Art Nouveau tipicamente transformam uma coisa em outra coisa: luminárias na forma de vegetais fluorescentes; a sala de estar que na realidade é uma gruta
.

E a história do gosto camp faz parte da história do esnobismo.
Nada natural é Camp, suas características são o exagero, a extravagancia, o improviso, o irreverente


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Um pouco sobre SUSAN SONTAG

Susan Sontag


Folha Imagem

A escritora Susan Sontag,

Susan Sontag, escritora, ativista e, como ela mesma dizia, "fanática pela seriedade", cuja mente voraz e prosa provocante a tornaram uma das mais importantes intelectuais dos últimos 50 anos, morreu no dia 28 de dezembro de 2004 aos 71 anos.

A porta-voz do Sloan-Kettering Cancer Center, em Manhattan, não especificou a causa de morte. Sontag sofreu câncer de mama nos anos 70 e vinha enfrentando leucemia há alguns anos.

Sontag se definia como "esteta afeiçoada" e "moralista obsessiva". Escreveu um romance de sucesso, "O Amante do Vulcão", e em 2000 conquistou o National Book Award com seu romance histórico "Na América". Mas o maior impacto literário da escritora foi como ensaísta.

"Notes on Camp", um texto de 1964 que a estabeleceu como importante pensadora, popularizou a atitude "isso é tão ruim que parece até bom", a qual veio a ser aplicada a uma enorme variedade de coisas, de "Swan Lake" a estolas de plumas. Em "Contra a Interpretação", a mais analítica das intelectuais dedicava sua análise à preocupação com a possibilidade de que o escrutínio crítico interferisse com o poder "mágico, encantatório", da arte.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Meu filme de Almodovar

Almodóvar escracha a inocência das freiras em Maus Hábitos


Cantora de cabaré vai servir a Deus em um convento diferente

Maus Hábitos escracha a pureza e a dedicação das freiras de um convento.

Yolanda Bel, uma cantora de cabaré que perde o namorado de forma violenta, não vê mais sentido na vida além de servir a Deus.

Ela se interna no convento das "redentoras humilhadas", um retiro espiritual para freiras que já foram prostitutas, assassinas, cafetinas, entre outras profissões nada nobres.

Para compensar os pecados elas se chamam de "Irmã Esterco", "Irmã Rata de Porão", entre outros codinomes meigos. E, como ninguém é de ferro, as freiras não abandonaram a cocaína, os bordéis e outros hábitos.


Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem como objetivo produzir prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante. A atividade lúdica também é conhecida como brincadeira. São brinquedos ou brincadeiras menos consistentes e mais livres de regras ou normas, são atividades que não visam a competição como objetivo principal, e mas a realização de uma tarefa de forma prazerosa, existe sempre a presença de motivação para atingir os objetivos.

As atividades lúdicas por oferecem exercícios físicos sadio e intenso, feito alegremente, e quase sempre socialmente aceitas de explorar as próprias possibilidades e de descobrir o mundo; propiciam desafogo de dificuldades emocionais e sentimentos confusos de conflitos e de agressividade, fortalecendo entre outras coisas a auto-estima e a segurança.
é a forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos, raciocinio de uma crianca através de jogos, música, dança, mímica.O intuito é educar, ensinar, se divertindo e interagindo com os outros.Ao meu ver é fantastico pois torna qualquer aprendizado leve e descontraido.
Lúdico é quer dizer coisa que seja divertida, não resulta necessariamente em aprendizado. A palavra vem de ludus-i, do latim, que significa "jogo, esporte, entretenimento, diversão",não tem absolutamente nada a ver com "aprender". Foram os pedagogos que restringiram o significado da palavra, tornando séria uma coisa que é... LÚDICA!
É claro que se pode aprender de forma lúdica ou de forma entediante... mas lúdico vai muito além do aprendizado! Tudo na sua vida pode ser lúdico. Sexo pode ser lúdico, cozinhar pode ser lúdico... até pegar um baita congestionamento de trânsito na volta do trabalho pra casa, quando você está exausta, pode ser lúdico... é um jeito de aproveitar e de encarar a vida....
Em observar já podemos verificar se uma criança tira diversão de tudo que faz, ou se se aborrece, se chateia com tarefas... até um jogo de futebol com os garotos da rua pode ser ludus para alguns, e uma coisa muito séria para outros...
Lúdico de maneira geral refere-se a brincadeira e a toda a questão simbólica envolvida nesse processo, em psicologia tem-se a ludoterapia um tipo de psicoterapia voltada ao público infantil. O lúdico também é utilizado em sala de aula para estimular o aprendizado e nas técnicas de dinâmicas de grupo.
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

SENTIMENTO DO MUNDO - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


Tenho apenas duas mão se o sentimento do mundo,
mas estou cheio escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige na confluência do amor.
Quando me levantar,o céu

estará morto e saqueado

,eu mesmo estarei morto,

morto meu desejo, morto

o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram

que havia uma guerra

e era necessário

trazer fogo e alimento.

Sinto-me disperso,

anterior a fronteiras,

humildemente vos peço

que me perdoeis.

Quando os corpos passarem,

eu ficarei sozinho

desfiando a recordaçãodo

sineiro, da viúva e do microcopista

que habitavam a barraca

e não foram encontrados

ao amanhecer

esse amanhecer

mais noite que a noite.


(poema: Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade)

Os poemas de Sentimento do mundo foram produzidos entre 1935 e 1940. São 28 no total. Poema: Sentimento do mundo, o primeiro poema (que deu nome ao livro) revela a visão-de-mundo do poeta: não é alegre, antes, é cheia da realidade que sempre nos estarrece, porque, por mais que sonhemos, a realidade geralmente é dura e muito desafiante. O poeta inicia (estrofe 1) indicando suas limitações para ver o mundo: “Tenho apenas duas mãos”; mas aponta, em seguida, alguns elementos auxiliares que o ajudarão a suprir suas deficiências de visão: escravos, lembranças e o mistério do amor (versos 3 a 5); escravos podem ser os meios escusos de que nos utilizamos para tocar a vida e decifrá-la e dela nos aproveitarmos.


Mãos dadas
O poeta reafirma a sua consciência da existência de outros homens, seus compa-nheiros. Com eles é que se sente de mãos dadas – e renunciou aos seus temas pessoais: uma mulher, uma história, a paisagem vista da janela. Não mais se refugiará na solidão porque o que lhe interessa é o tempo presente em que se acha inserido, e os ho-mens que o cercam.


Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer,

a paisagem vista [da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por

[serafins.

O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.

terça-feira, 27 de abril de 2010

MENSAGEM SOBRE LEITURA

Ler...ler é importante, pelo menos para mim. Trago sempre comigo, no carro um ou dois livros.....há sempre um tempinho que se arranja para ler o que nos apetece, ou o que nos indicam, ou apenas...ler por ler...

Adoro ler, de dia, a noite antes de adormecer (quando o sono não é mais forte que o meu desejo de ler...), numa linda esplanada, num bonito jardim, ou, de preferência, à beira mar...o meu refúgio!

Ler transmite-nos inúmeras sensações, traz-nos ideias, questiona-nos na nossa visão do mundo, na nossa postura e dos outros; também me interrogo com algumas afirmações que leio em determinados livros, eis que pego no lápis e sublinho, coloco pontos de interrogação, chego a escrever os meus comentários. Como podem ver, sou fã da leitura.

Capitães da areia é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado publicado em 1937. O livro retrata a vida de menores abandonados, os "capitães da areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30. Retrata os meninos como moleques atrevidos, malandros, espertos, famintos, ladrões, agressivos, falsos, soltos de língua, carentes de afetos, de instrução, de comida.

Nesse livro conhecemos os chamados “Capitães da areia” que se trata de um grupo de crianças abandonadas que vivem do furto. O chefe desse grupo era o chamado Pedro Bala, ingressara na vida na rua com cinco anos e com um pouco mais de idade se mostrava mais corajoso e capacitado líder para as crianças, era loiro e filho de um grevista morto no cais. Nesse grupo viviam mais de cinquenta crianças, entre eles o chamado Professor, Gato, Sem Perna, Volta Seca, Pirulito, Boa Vida, João Grande e outros. Todos viviam em um trapiche abandonado na praia.



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Em Capitães de Areia temos a "cidade alta" como cenário principal. Pedro Bala é o chefe de um grupo de jovens arruaceiros que roubam para sobreviver. Nunca ninguém havia mencionado em literatura este bando de jovens que engenhosamente desafia as autoridades, roubando a classe privilegiada e dividindo o produto do roubo entre os seus camaradas subnutridos.
A concepções do mundo do século passado mostrou-nos com tanta clareza aonde esses valores culturais podem nos conduzir, quando a experiência nos é subtraída, hipócrita ou sorrateiramente desvalorizada, que é hoje em dia uma prova de honradez confessar nossa pobreza. Sim, é preferível confessar que essa pobreza de experiência não é mais privada, mas de toda a humanidade. Surge assim uma nova barbárie.
No mundo modernizado onde a rapidez, as atividades do dia-a -dia tomam todo o tempo do indivíduo, Benjamim argumenta acerca da velocidade na qual estamos submetidos, na modernidade, implicando em consequencia da pobreza de experiências.
Pobreza de experiência: não se deve imaginar que os homens aspirem a novas experiências. Não, eles aspiram a libertar-se de toda experiência, aspiram a um mundo em que possam ostentar tão pura e tão claramente sua pobreza externa e interna, que algo de decente possa resultar disso.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Distinção entre cinema e teatro

A aula de hoje, foi trazer a distinçao entre teatro e cinema, na concepção do autor que estamos estudando. O teatro é uma arte aurática, por ser um tipo de representação real, que se faz aqui e agora, é a arte da presença, do ao vivo. Já o cinema traz a questão da montagem, a arte minimalista, se a cena por ventura não ficou boa, o ator retorna e filma novamente, é um tipo de apresentação técnica, que precisa ser reproduzida, portanto, perde-se a aura.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Revolução da fotografia


A fotografia sempre foi questionada enquanto linguagem artística. Embora a arte tivesse buscado por muito tempo a imitação mais perfeita possível da realidade. Benjamin também nos lembra, ainda nessa mesma linha de pensamento, que essa desvalorização da aura é agravada pela nossa necessidade irresistível de possuir o objeto(possibilitada pela fotografia) de tão perto quanto possível na imagem, ou antes na sua cópia, na sua reprodução, fazendo com que cada vez mais se busque uma arte feita para ser reproduzida e que é tão trabalhada para que atinja o efeito no consumidor, tornando-se objeto de desejo, admiração ou repudio, que nos leve a um começo de pensamento, daí podermos concluir haver a possibilidades de criarmos uma informação para nós mesmos, mas que se não for novamente representada não será aceita como verdadeira. O homem não olha mais para um real a partir do qual vai criar determinadas imagens e das quais ele seria o seu referencial primeiro. Agora, o homem olha primeiro as imagens para depois compará-las com algo que ainda possui o nome de "real", mas que não tem mais o mesmo estatuto de realidade que possuía anteriormente". No começo a fotografia servia para retratar a realidade, hoje para retratar a fabricação da realidade.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Valor de culto X Valor de exposição

Para BENJAMIM, no século XX as obra de artes que antes dotadas de aura, sendo cultuadas por serem únicas, raras e de difícil acesso ao público, com a ascensão da fotografia e do cinema que trazem consigo a reprodução da arte, passam a ser objetos de exposição. O que no passado era guardado a sete chaves, para preservar o seu valor de culto. Hoje não existe mais obras trancafiadas ou escondidas. Uma das condições hoje para se ter o valor é a da exposição, ou seja, quanto mais se expõe mais valorizado é, e maior o declínio e a perda da aura nas obras de arte. Mas, segundo BENJAMIM a passagem do valor de culto ao valor de exposição nos dias atuais, não significa qualidade artística.

terça-feira, 23 de março de 2010

A aula do dia 23/03/10 sobre a AURA foi muito esclarecedora, no sentido de auxiliar na compreensão do texto de BENJAMIN. Segundo o autor as pessoas, as paisagens, os objetos de arte possuem aura. As pessoas e seus corpos tem uma energia, que é única, como a impressão digital, que é uma marca identitária e exclusiva de cada um, portanto todas tem características de identidade únicas. Assim, a aura é a alma do autêntico, do original, do único. Vejamos um exemplo: o Cristo Redentor é um monumento que por se só possui uma grandeza, uma beleza, uma aura que mesclando-se com a paisagem em volta possui uma presença única, autêntica, distingue-se no caso de uma foto do Cristo que seria uma mera reprodução técnica da paisagem que poderia ser copiada inúmeras vezes para ser exposta, portanto, inautêntica.

Segundo o autor, no século XX com o advento da Revolução Industrial, e as linhas de montagem com as produções em série dos objetos, ou seja, na era da reprodutibilidade o caráter único das pessoas e das coisas estão ameaçados.