terça-feira, 27 de abril de 2010

MENSAGEM SOBRE LEITURA

Ler...ler é importante, pelo menos para mim. Trago sempre comigo, no carro um ou dois livros.....há sempre um tempinho que se arranja para ler o que nos apetece, ou o que nos indicam, ou apenas...ler por ler...

Adoro ler, de dia, a noite antes de adormecer (quando o sono não é mais forte que o meu desejo de ler...), numa linda esplanada, num bonito jardim, ou, de preferência, à beira mar...o meu refúgio!

Ler transmite-nos inúmeras sensações, traz-nos ideias, questiona-nos na nossa visão do mundo, na nossa postura e dos outros; também me interrogo com algumas afirmações que leio em determinados livros, eis que pego no lápis e sublinho, coloco pontos de interrogação, chego a escrever os meus comentários. Como podem ver, sou fã da leitura.

Capitães da areia é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado publicado em 1937. O livro retrata a vida de menores abandonados, os "capitães da areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30. Retrata os meninos como moleques atrevidos, malandros, espertos, famintos, ladrões, agressivos, falsos, soltos de língua, carentes de afetos, de instrução, de comida.

Nesse livro conhecemos os chamados “Capitães da areia” que se trata de um grupo de crianças abandonadas que vivem do furto. O chefe desse grupo era o chamado Pedro Bala, ingressara na vida na rua com cinco anos e com um pouco mais de idade se mostrava mais corajoso e capacitado líder para as crianças, era loiro e filho de um grevista morto no cais. Nesse grupo viviam mais de cinquenta crianças, entre eles o chamado Professor, Gato, Sem Perna, Volta Seca, Pirulito, Boa Vida, João Grande e outros. Todos viviam em um trapiche abandonado na praia.



A imagem “http://www.iep.uminho.pt/aac/sm/a2005/sandra/images/jorge_amado_capa_capitaes_da_areia.jpg” contém erros e não pode ser exibida.http://img.olhares.com/data/big/17/170281.jpg
Em Capitães de Areia temos a "cidade alta" como cenário principal. Pedro Bala é o chefe de um grupo de jovens arruaceiros que roubam para sobreviver. Nunca ninguém havia mencionado em literatura este bando de jovens que engenhosamente desafia as autoridades, roubando a classe privilegiada e dividindo o produto do roubo entre os seus camaradas subnutridos.
A concepções do mundo do século passado mostrou-nos com tanta clareza aonde esses valores culturais podem nos conduzir, quando a experiência nos é subtraída, hipócrita ou sorrateiramente desvalorizada, que é hoje em dia uma prova de honradez confessar nossa pobreza. Sim, é preferível confessar que essa pobreza de experiência não é mais privada, mas de toda a humanidade. Surge assim uma nova barbárie.
No mundo modernizado onde a rapidez, as atividades do dia-a -dia tomam todo o tempo do indivíduo, Benjamim argumenta acerca da velocidade na qual estamos submetidos, na modernidade, implicando em consequencia da pobreza de experiências.
Pobreza de experiência: não se deve imaginar que os homens aspirem a novas experiências. Não, eles aspiram a libertar-se de toda experiência, aspiram a um mundo em que possam ostentar tão pura e tão claramente sua pobreza externa e interna, que algo de decente possa resultar disso.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Distinção entre cinema e teatro

A aula de hoje, foi trazer a distinçao entre teatro e cinema, na concepção do autor que estamos estudando. O teatro é uma arte aurática, por ser um tipo de representação real, que se faz aqui e agora, é a arte da presença, do ao vivo. Já o cinema traz a questão da montagem, a arte minimalista, se a cena por ventura não ficou boa, o ator retorna e filma novamente, é um tipo de apresentação técnica, que precisa ser reproduzida, portanto, perde-se a aura.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Revolução da fotografia


A fotografia sempre foi questionada enquanto linguagem artística. Embora a arte tivesse buscado por muito tempo a imitação mais perfeita possível da realidade. Benjamin também nos lembra, ainda nessa mesma linha de pensamento, que essa desvalorização da aura é agravada pela nossa necessidade irresistível de possuir o objeto(possibilitada pela fotografia) de tão perto quanto possível na imagem, ou antes na sua cópia, na sua reprodução, fazendo com que cada vez mais se busque uma arte feita para ser reproduzida e que é tão trabalhada para que atinja o efeito no consumidor, tornando-se objeto de desejo, admiração ou repudio, que nos leve a um começo de pensamento, daí podermos concluir haver a possibilidades de criarmos uma informação para nós mesmos, mas que se não for novamente representada não será aceita como verdadeira. O homem não olha mais para um real a partir do qual vai criar determinadas imagens e das quais ele seria o seu referencial primeiro. Agora, o homem olha primeiro as imagens para depois compará-las com algo que ainda possui o nome de "real", mas que não tem mais o mesmo estatuto de realidade que possuía anteriormente". No começo a fotografia servia para retratar a realidade, hoje para retratar a fabricação da realidade.


terça-feira, 6 de abril de 2010

Valor de culto X Valor de exposição

Para BENJAMIM, no século XX as obra de artes que antes dotadas de aura, sendo cultuadas por serem únicas, raras e de difícil acesso ao público, com a ascensão da fotografia e do cinema que trazem consigo a reprodução da arte, passam a ser objetos de exposição. O que no passado era guardado a sete chaves, para preservar o seu valor de culto. Hoje não existe mais obras trancafiadas ou escondidas. Uma das condições hoje para se ter o valor é a da exposição, ou seja, quanto mais se expõe mais valorizado é, e maior o declínio e a perda da aura nas obras de arte. Mas, segundo BENJAMIM a passagem do valor de culto ao valor de exposição nos dias atuais, não significa qualidade artística.